Degustação de rótulos italianos da Piccini na Vinci, a mais premiada importadora de vinhos do país
Fomos honrados com o convite para conhecermos os vinhos da italiana Piccini, uma das maiores produtoras da tradicional região da Toscana, com a presença da sua diretora, a simpática Deborah Provenzani.
Estabelecidas há quatro gerações no coração da Toscana, as Tenute Piccini elaboram tintos e brancos de muita tipicidade, combinando as mais modernas técnicas de vinificação com toda a tradição das práticas regionais, uma receita que lhe permitiu alcançar a marca de segundo maior produtor da Toscana, e conquistar recentemente 23 medalhas no International Wine Challenge.
Na ocasião, foram apresentados e degustados alguns destaques da vinícola. Inicialmente, há que ressaltar a recém lançada linha “Vito”, composta pelos monovarietais branco, rosado e tinto: Chardonnay, safra 2015, Syrah, safra 2015, e Cabernet Sauvignon, todos apresentando uma surpreendente relação qualidade/preço ao consumidor final (R$49,69 a garrafa). Desta linha, queremos destacar o Syrah Rosé – os leitores já sabem que sou um enamorado dos vinhos rosados! -, que combina aroma de frutas vermelhas frescas com uma ótima acidez em boca.
A grande especialidade da Piccini são os seus Chianti, tendo sido apresentados aos convidados o DOCG 2014, o Riserva 2012, e o Collezione Oro Riserva 2011. O primeiro deles, o Chianti DOCG 2014, considerado um “best buy” pela Wine Enthusiast, foi elaborado com 95% de Sangiovese e 5% de Ciliegiolo, apresentando aromas de frutas vermelhas e negras maduras, lembrando cereja. Em boca é equilibrado, macio, com uma adequada acidez e média persistência (R$ 81,87 a garrafa).
Um vinho que nos chamou a atenção foi o Memoro Rosso. Um assemblage tinto de estilo moderno, que consegue confluir quatro vareitais que cumprem seu papel de tornar o vinho exuberante e fácil ao mesmo tempo: 40% Primitivo, 30% Montepulciano, 20% Nero d’Avola, e 10% Merlot do Veneto. No seu bouquet destacam-se frutas vermelhas (especialmente cerejas), figos, notas de café e tostado. Em boca é generoso, confirmando-se as intensas notas frutadas. É estruturado, complexo, e bem harmonioso, com longo retrogosto. Um vinho surpreendente! (R$ 92,59 a garrafa).
Dentre os demais vinhos apresentados, merece igualmente destaque o Brunello di Montalcino 2010, o mais clássico tinto da Toscana (e uma das minhas paixões!). O Brunello da Piccini descansa por 24 meses em barricas de carvalho e por 6 meses em garrafa antes de sair ao mercado. De coloração vermelho intensa, com notas aromáticas complexas de alcaçuz e cereja, revela-se em boca encorpado, redondo, levemente picante, com taninos suavizados e um ótimo retrogosto (R$ 373,59).
Sem dúvida os vinhos da Piccini vieram para abrilhantar ainda mais a já excelente seleção da Vinci, uma das mais premiadas importadoras de vinhos do país, e que conta com rótulos de produtores mundialmente aclamados.
Um beijo e um brinde!
Marcio Morena
Marcio Morena é advogado, professor universitário e enófilo.