A importadora Vinci celebrou seus 10 anos com uma grande de degustação de vários dos seus mais de 1000 rótulos de 15 países diferentes, e mais de 100 produtores exclusivos do mais alto nível. Todos os seus rótulos foram especialmente selecionados pelo enófilo Ciro Lilla. São vinhos de conhecedores, que alcançaram grande prestígio internacional.
A Vinci é uma das melhores e mais premiadas importadoras de vinhos do país, e sua seleção engloba vinhos conceituados e premiados, e algumas exclusividades como Luca – Laura Catena, Kaiken (Viña Montes), Noemía, Chanson Père & Fils, Comte Lafond de Ladoucette, Ogier, Viña Tondonia, CVNE, La Spinetta, Caves São João, Niepoort, Palácio da Brejoeira, Rust en Vrede, Castellare di Castellina, Boutari, Casa Marin.Na festa dos seus 10 anos, as mesas temáticas compartilhavam de forma democrática vinhos para o dia a dia e alguns rótulos premiados.
Da Itália, dois vinhos merecem nosso destaque. Para uma proposta mais de verão, nos chamou a atenção o Costamolino Vermentino di Sardegna DOC 2015. Da famosa casta Vermentino, o Costamolino é extremamente aromático, destacando-se camadas de frutas cítricas e um delicioso toque de mel. Um vinho “irresistível” na opinião de Robert Parker e um dos melhores achados entre os brancos do sul da Itália. Preço: R$ 132,52.Da linha dos grandes vinhos, o Memoro Vintage, da tradicional Piccini, safra 2010, se destaca. Esta edição especial e safrada do consagrado Rosso d’Italia foi elaborada com uvas da Toscana (Sangiovese), de Basilicata (Aglianico), Veneto (Cabernet Sauvignon) e Sicília (Nero d’Avola). As uvas foram vinificadas separadamente e maturadas em barricas de tamanhos distintos por até 18 meses. O vinho mantém um estilo cheio de fruta, mas é mais encorpado e complexo. Preço: 206,24.Da Argentina, o destaque fica com o melhor Malbec segundo a Revista Decanter: Kaiken Ultra, safra 2015. Foi grande vencedor de uma prova com mais de 120 dos melhores vinhos do país feitos com a uva Malbec. É um vinho é maturado por 12 meses em barricas de carvalho francês, sendo 1/3 novas. A safra 2015, por sua vez, recebeu 92 pontos de Tim Atkin e 90 pontos da Wine Spectator. Uma ótima relação custo-benefício. Já está sendo chamado de Montes Alpha da Argentina. Preço: R$ 133,93.
Um dos melhores vinhos da degustação foi sem dúvida o espanhol Imperial Gran Reserva 2009, recebeu o título de “Melhor Vinho do Mundo”, em 2013, pela Wine Spectator. Elaborado a partir das varietais Tempranillo (85%), Graciano (10%) e Mazuelo (5%), de seus vinhedos situados na tradicionalíssima região de La Rioja. Bastante encorpado, o Imperial é maturado 24 meses em barricas de carvalho francês e americano, e mais de 1 a 2 anos na garrafa. Um vinhaço! Preço: R$ 688,26.
Um brinde à Vinci e aos seus 10 anos de loucura por bons vinhos!
Degustamos excelentes rosés, destacando-se o surpreendente italiano da região de Puglia, o “Tra Mari”, da vinícola San Marzano, elaborado com a varietal Primitivo. No nariz frutas silvestres maduras, destacando-se morangos, cerejas e framboesas, e notas de mamão com creme de cassis. O paladar é saboroso, fresco e marcado pela acidez bem equilibrada que harmoniza com frutos do mar. Uma ótima escolha a um preço justíssimo: R$ 69,00.
Vale lembrar que os rosés apresentam uma coloração intermediária entre os tintos e brancos, que vai de tons alaranjados ao púrpura, variando de acordo com as uvas e técnicas de fermentação utilizadas, os vinhos rosé geralmente apresentam aromas de bagas e outras frutas vermelhas (como framboesas, cerejas, morangos e arando). Alguns apresentam um ponto mais intenso de amoras ou ameixas, outros, por sua vez, rosa mosqueta. Outrossim, podem-se encontrar notas herbáceas nos vinhos mais límpidos.
Em boca esses aromas de bagas e de frutas vermelhas devem ser confirmados, bem como uma acidez equilibrada que lhe aporta refrescância, mesmo um toque cremoso e pode ser perceptível nos vinhos rosé mais robustos. Mas note-se que, apesar de sua leveza, o retrogosto deve ser proeminente.
O rosé contextualiza muito bem com uma refeição ao ar livre, e harmoniza com saladas leves, mariscos, crustáceos, frutas e queijo suaves… É um vinho versátil, que resulta excelente com pratos levemente temperados, devendo-se tomar cuidado para não anular o seu delicado sabor!
Ao comprar um vinho rosé, deve-se estar atento ao ano de sua elaboração, ou seja, quanto mais jovem melhor, pois trata-se de um vinho delicado, não concebido para envelhecer! Portanto, nada de deixá-lo na adega… Consuma-o imediatamente!
Um beijo e um brinde!
Marcio Morena/Enófilo