O Vinho azul é a sensação do verão europeu que chegou ao Brasil e Márcio Morena conta tudo neste artigo.
Ao pensar em vinho a maioria das pessoas imagina um líquido de coloração vermelha. (poucas pessoas pensam nos brancos ou rosés!).
Esse tom de vermelho pode variar do púrpura (coloração característica dos tintos mais jovens), passando pelo rubi, granada, até chegar a um vermelho mais alaranjado (típico dos tintos que sofreram grande envelhecimento). Mas jamais se pensaria num vinho de coloração azul turquesa!
Mas ele existe! Alguns jovens espanhóis inovaram no mundo da enologia e desenvolveram ao longo de dois anos de estudos o primeiro vinho de coloração azulada do mercado, feito com uvas brancas e tintas, o chamado: “Gik”. O vinho foi elaborado junto aos pesquisadores da Universidade do País Basco e do departamento de pesquisa alimentar do governo basco.
A ideia dos seus criadores era associar a coloração azul do vinho a um movimento de inovação, mudança, fluidez e infinito… Por certo a coloração é produzida artificialmente, por meio da adição de dois pigmentos ao caldo: antocianina (composto natural de uvas vermelhas) e indigocina, resultando em sua cor turquesa brilhante.
Movidos mais pela curiosidade e para dar uma opinião aos nossos leitores, resolvemos então degustar um dos vinhos azuis disponíveis no mercado brasileiro, importado pela Caves Santa Cruz: o “Mar Profundo” (média de R$50,00).
Trata-se de um monovarietal de Viúra, uma casta de uvas brancas tipicamente espanhola. Tem um grau alcóolico bem mais baixo do que o normal: 8%. De coloração turquesa brilhantes, apresenta no nariz um aroma muito forte de maracujá e, quiçá, com muito esforço, se tornem perceptíveis outras frutas tropicais como manga.
Em boca é leve, fresco, mas com baixíssima acidez e persistência. Deve ser degustado a uma temperatura bastante baixa para vinhos: entre 3 e 5 graus Celsius. Talvez harmonize bem como alguns peixes mais leves.
Em definitivo, é um vinho mais para “brincar” com os amigos e tirar boas fotos”
Um beijo e um brinde!
Marcio Morena / Enófilo