Os vinhos tintos ainda lideram a preferência entre brasileiros. Segundo a Vinho & Ponto, rede importadora, cerca de 40% tem a preferência por este tipo, enquanto os vinhos brancos são a melhor opção para 26% da população, seguido de perto pelos espumantes, com 25%. Os rosés e os licorosos chamam a atenção de uma pequena parcela dos brasileiros: 6% e 3%, respectivamente.
Jovens de 18 a 30 anos são os responsáveis pelo consumo de 20% do vinho, com preferência dos tintos leves, brancos, espumantes e rosés. Já os adultos, de 31 a 59 anos, consomem cerca de 70% e optam pelos vinhos mais encorpados, com maior concentração de compostos, que dão a sensação de ser mastigável, com um sabor que tem maior duração na boca. Por fim, a melhor idade tem preferência pelos vinhos com mais elegância, equilibrados e de leve a médio corpo, que dão a sensação tátil aveludado do vinho à boca. “No geral, o brasileiro gosta mais de vinhos que não necessitam tanto conhecimento técnico sobre o assunto, ou seja, os macios, sem amargor e sem adstringência”, revelou Eliton Bertoli, sommelier da Vinho & Ponto para o Conceito de Luxo Magazine.
Atualmente, é a Região Sudeste que lidera o consumo de vinhos tranquilos, de uvas viníferas, da qual são produzidos os vinhos finos no Brasil, com 65%, bem à frente da Região Sul, com 20%. Apesar do apreço pela bebida, o vinho nacional ainda não faz realmente parte da cultura do brasileiro. “Os vinhos importados ainda são os preferidos entre o público, com 78%, contra 22% que preferem rótulos nacionais. Os mais consumidos no país são os argentinos (Malbec) e os chilenos (Carmenere e Syrah), pois nessas regiões o clima é adequado e proporciona perfeitas condições de amadurecimento das uvas, o que certamente resultará na perfeita maturação dos taninos, que se traduz em vinhos macios e fáceis de beber”, explica o sommelier. “Hoje em dia, é muito difícil encontrar a perfeita maturação das uvas para o preparo dos vinhos nacionais e talvez esse seja um dos motivos de não agradar o paladar dos próprios brasileiros”, complementa.
Da redação